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POSTAGENS

domingo, 30 de setembro de 2007

O Grito (Edvard Munch)


A figura de Munch, metaforiza o momento que vivo no trabalho e no curso. Sinto-me sobrecarregada, principalmente no trabalho. Muita burocracia a ser cumprida, final de trimestre, início de primavera...
No curso, as coisas também não estão muito fáceis. As atividades vêm juntas e a administração do tempo é super importante. Muitas disciplinas e, por conseqüência, muitas leituras. Venho num esforço imenso para cumprir prazos. Apesar das pedras no caminho, estou conseguindo...
Estava precisando ver o mar, colocar os pés na areia, caminhar pela praia olhando o céu azul, sentir na pele o calor do sol...
Quer viajar comigo?

*O Grito (no original Skrik) é uma pintura do norueguês Edvard Munch, datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O pano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-sol. O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci.

domingo, 23 de setembro de 2007


Bons frutos
Trago à lembrança, as datas importantes que o mês de setembro remete:
O dia da árvore, a chegada da primavera no hemisfério sul e as tradições gaúchas.
Faço uma singela homenagem ao pago, uma degustação da música de boa qualidade, que traz uma linguagem campeira num verdadeiro dialeto.
Vítor Ramil é poeta, é músico e é gaúcho.
Bons frutos essa terra dá!
Um brinde a todos aqueles que escrevem essa história!

Deixando O Pago
Vitor Ramil - João Da Cunha Vargas

Alcei a perna no pingo
E saí sem rumo certo
Olhei o pampa deserto
E o céu fincado no chão
Troquei as rédeas de mão
Mudei o pala de braço
E vi a lua no espaço
Clareando todo o rincão

E a trotezito no mais
Fui aumentando a distância
Deixar o rancho da infância
Coberto pela neblina
Nunca pensei que minha sina
Fosse andar longe do pago
E trago na boca o amargo
Dum doce beijo de china

Sempre gostei da morena
É a minha cor predileta
Da carreira em cancha reta
Dum truco numa carona
Dum churrasco de mamona
Na sombra do arvoredo
Onde se oculta o segredo
Num teclado de cordeona

Cruzo a última cancela
Do campo pro corredor
E sinto um perfume de flor
Que brotou na primavera.
À noite, linda que era,
Banhada pelo luar
Tive ganas de chorar
Ao ver meu rancho tapera

Como é linda a liberdade
Sobre o lombo do cavalo
Ouvir o canto do galo
Anunciando a madrugada
Dormir na beira da estrada
Num sono largo e sereno
E ver que o mundo é pequeno
E que a vida não vale nada

O pingo tranqueava largo
Na direção de um bolicho
Onde se ouvia o cochicho
De uma cordeona acordada
Era linda a madrugada
A estrela d'alva saía
No rastro das três marias
Na volta grande da estrada

Era um baile - um casamento
Quem sabe algum batizado
Eu não era convidado
Mas tava ali de cruzada
Bolicho em beira de estrada
Sempre tem um índio vago
Cachaça pra tomar um trago
Carpeta pra uma carteada

Falam muito no destino
Até nem sei se acredito
Eu fui criado solito
Mas sempre bem prevenido
Índio do queixo torcido
Que se amansou na experiência
Eu vou voltar pra querência
Lugar onde fui parido