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POSTAGENS

sábado, 29 de março de 2008

ANÁLISE DO PORTFÓLIO

Escolhi três experiências importantes para compor meu portfólio final.
A primeira diz respeito a uma profunda aprendizagem na área do teatro. A disciplina e as leituras dessa área fizeram com que as atividades de expressão corporal e os jogos teatrais deixassem de ser “eventos” na escola. Passaram a fazer parte das rotinas de sala de aula, sendo dessa forma bom indicativo sobre minhas mudanças pessoais.
A segunda experiência traz um relato sobre minhas aprendizagens na área tecnológica. Nesse sentido há indícios concretos e fundamentados, como a utilização do blog e do wiki; as pesquisas realizadas individualmente e com os alunos, são alguns exemplos.
A terceira experiência diz respeito ao estudo interdisciplinar, realizado pelos alunos a partir de uma ilustração de um pintor famoso. Nesse sentido descrevo detalhadamente os passos que foram seguidos pelo grupo.
Durante as apresentações percebi que há muita semelhança entre as aprendizagens dos colegas, principalmente no que diz respeito aos progressos individuais na área tecnológica.
Na minha apresentação,por um erro de gravação, não pude mostrar o material que havia levado. Pude perceber então, que não havia necessidade da apresentação de material porque consegui, através das palavras, explicar a vivência escolhida (Teatro).
Tenho certeza que o curso de Pedagogia à distância provoca mudanças em todos os alunos. Se ainda não provocou mudança efetiva na prática de cada um, isso é uma questão de tempo! Aliás, as verdadeiras mudanças acontecem de dentro para fora e para isso cada um tem o seu tempo!

LINHA DE TEMPO

O primeiro passo foi fazer a leitura recomendada: INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL: UMA HISTÓRIA VIVIDA, ALGUMAS LIÇÕES APRENDIDAS de Maria Candida Moraes.
Depois, foi necessário desenvolver uma linha de tempo, na qual foram colocados os principais itens do texto relacionando com os principais fatos de minha vida pessoal.
Realizar esse trabalho foi bastante interessante, pois foi possível conhecer os fatos que circundam a história da informática educativa no Brasil.
Uma reflexão interessante sobre a atividade, foi perceber que, embora recente, a trajetória da informática educativa evoluiu de forma muito rápida.
Outra questão a considerar é a de que é necessária vontade política combinada ao poder de decisão, para que os projetos efetivamente saiam do papel.
A última etapa do trabalho foi visitar três linhas de tempo nos blogs dos colegas e publicar um comentário sobre essas construções.
Percebi que cada um dos colegas, pensou essa construção de um modo diferente: um deu mais ênfase a sua vida do que aos fatos da informática educativa: outra colocou os fatos de sua vida “escondidos” atrás dos fatos da história da informática educativa e por fim uma que conseguiu dosar entre história de vida e história da informática.
Uma questão que considerei importante nas três visitas foram as imagens. Fica bem mais interessante quando podemos ler um texto relacionando-o com uma imagem publicada.
E por fim, gostaria de ressaltar a importância desse tipo de trabalho. Possibilita que as pessoas se aproximem, mostrando os fatos marcantes de sua vida através da Linha de Tempo!
Visualize minha linha do tempo clicando aqui

quinta-feira, 27 de março de 2008



A BOCA
Vou aproveitar a provocação de Marisa Eizerick para trazer à cena as obras de uma famosa e talentosa artista gaúcha que faz suas figuras humanas sem boca. Leia o que, o não menos talentoso, Moacyr Scliar diz:
“As figuras obrigam à interrogação, ao questionamento. E o detalhe ubíquo e inquietador: a boca obliterada, dissipada como que por encanto. É então uma dupla mudez: o silêncio desta arte, feita em silêncio; e a mudez imposta por Clara Pechansky às suas figuras.”

Novas pinturas e desenhos compõem a exposição “Cenários Revisitados”, que Clara Pechansky inaugura dia 25 de março, às 20 horas, na Galeria CasaArte, à rua Cel.Bordini, 920.

A mostra vem apresentada por Luis Fernando Veríssimo:
“São sempre figuras humanas em primeiro plano, mas o fundo nunca é apenas o fundo. As figuras se integram ao segundo plano mesmo quando o contraste do seu volume e da sua cor com o fundo é nítido: estamos sempre integrados ao que, em nossa volta, é evocativo, seja num cenário que lembra a infância, ou um detalhe que representa um mundo...”
“Desta vez as tradicionais figuras mudas da Clara são ouvidas. Muitas tocam instrumentos. E o que emana das cores, dos contrastes e do contraponto de planos destes quadros é uma vibração decididamente musical”.


A Lenda de Eco
Os quase 4.000 professores da rede municipal de ensino de Porto Alegre, participaram nessa quinta-feira, dia 27 de março de 2008, de um encontro promovido pela Secretaria Municipal de Educação com o objetivo de aprofundar e qualificar a prática cotidiana nas escolas.
Logo após a abertura, Marisa Faermann Eizirik, falou sobre o tema "Escola mundo: da repetição à invenção".
A educadora nos faz um convite simples e muito antigo: “Vamos ouvir o que o outro tem a nos dizer?”
E nesse sentido ela nos remete à Lenda de Eco, fazendo-nos pensar no quanto repetimos , pouco ouvimos nada dizemos! Reza a lenda que ...
“Eco era uma bela ninfa, amante dos bosques e dos montes, onde se dedicava a distrações campestres. Era favorita de Diana e acompanhava-a em suas caçadas. Tinha um defeito porém: falava demais e, em qualquer conversa ou discussão, queria sempre dizer a última palavra. Certo dia, Hera saiu à procura do marido, de quem desconfiava, com razão, que estivesse se divertindo entre as ninfas. Eco, com sua conversa, conseguiu entreter a deusa, até as ninfas fugirem. Percebendo isto, Hera condenou-a com estas palavras:·
- Só conservarás o uso dessa língua com que me iludiste para uma·coisa de que gostas tanto: responder. Continuarás a dizer a última palavra, mas não poderás falar em primeiro lugar.
A ninfa viu Narciso, um belo jovem, que perseguia a caça na montanha. Apaixonou-se por ele e seguiu-lhe o passo. Desejava dirigir-lhe a palavra, dizer-lhe frases gentis e conquistar-lhe o afeto! Isso, porém, estava fora de seu poder. Esperou, com impaciência, que ele falasse primeiro, a fim de que pudesse responder.
Certo dia, o jovem, tendo se separado dos companheiros, gritou bem alto:
- Há alguém aqui?
- Aqui - respondeu Eco.
Narciso olhou em torno e, não vendo ninguém, gritou:
- Vem!
- Vem! - respondeu Eco.
- Por que foges de mim? - perguntou Narciso
Eco respondeu com a mesma pergunta.
- Vamos nos juntar - disse o jovem.
A donzela repetiu, com todo o ardor, as mesmas palavras e correu
para junto de Narciso, pronta a se lançar em seus braços.
- Afasta-te! - exclamou o jovem, recuando. - Prefiro morrer a te
deixar possuir-me.
- Possuir-me - disse Eco.
Mas foi tudo em vão. Narciso fugiu e ela foi esconder sua vergonha no recesso dos bosques. Daquele dia em diante, passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. De pesar, seu corpo definhou, até que as carnes desapareceram inteiramente. Os ossos transformaram-se em rochedos e nada mais dela restou além da voz. E, assim, ela ainda continua disposta a responder a quem quer que a chame e conserva o velho hábito de dizer a última palavra. ”
Assim, confesso que me senti provocada a pensar: será que a Escola vive a “síndrome de Eco”?
O que fica então? A dúvida e a reflexão.
E um singelo convite:
Estamos precisando reinventar nosso cotidiano, tornando-o menos cinza, mais alegre e desta forma, vendo nele, motivos para muitos aplausos!