***********************************

POSTAGENS

domingo, 20 de junho de 2010

A PESQUISA EM SALA DE AULA

O experimento do feijão, aquele de colocar o grão num algodão molhado e acompanhar o crescimento, pode ser levado para a sala de aula com o intuito de despertar o desejo da investigação, da pesquisa.
O processo de pesquisa se estabelece como norteador do trabalho. O processo de educação pela pesquisa inicia pelas perguntas produzidas em sala de aula, e tem como objetivo fazer os envolvidos no processo agregar novos saberes aos conhecimentos que já trazem. Aborda também o papel do professor como mediador nesse processo, pois deixa de ser o único detentor do saber e acarreta uma nova postura no aluno, que deixa de ser um simples receptor de conhecimentos.
Para saber o que vai acontecer, vamos observar, nas mais diferentes situações:
-sem luz e com água
-sem luz e sem água
-com luz e com água
-com luz e sem água
Os alunos olham todos os dias e molham, quando necessário. Arriscam palpites e formulam hipóteses.
Através desse processo de descobertas, há uma reconstrução do conhecimento já existente, gerando assim novos significados.


domingo, 13 de junho de 2010

UM OUTRO PASSO


Como parte obrigatória do curso, precisamos realizar 180 horas de efetivo exercício docente. Foram 9 semanas de planejamentos de atividades para a sala de aula. Foi a hora de colocar em prática um pouco de tudo que vimos e vivemos no PEAD. Tecer uma rede, costurando as aprendizagens e vivências nas mais diversas áreas do conhecimento. Uma oportunidade de mostrar que é possível encontrar outros caminhos para uma mesma busca.

Não posso negar que foi difícil, mas tenho que confessar também que me sinto satisfeita por ter conseguido planejar, executar e refletir, mesmo que muitas vezes pensasse que não ia dar certo. Fui relutante no início, porque tive que deixar a minha turma e começar do zero, conhecendo as habilidades e trabalhando as dificuldades de alunos diferentes dos que estava habituada. Diferentes em todos os sentidos que esse adjetivo possa dar a entender. E tenho certeza de que para eles também foi difícil. Mas as crianças têm uma qualidade que nós costumamos perder gradativamente, na medida em que vamos ficando adultos: a capacidade de nos adaptarmos a qualquer situação, sem muita resistência. O novo não amedronta as crianças, porque nelas ainda não se construiu a tão falada “zona de conforto”, que nós adultos, mesmo sabendo que tudo dá certo, até quando as nossas prévias organizações vão por água abaixo, carregamos os engessados paradigmas. Os pequenos sábios sabem a hora do improviso. Os grandes, aqueles que se dizem sábios, muitas vezes perdem essa hora.

Não há nada melhor do que olhar para trás e ver que conseguimos realizar aquilo que, quando olhávamos para frente, não visualizávamos.

Esse caminho não é finito, mas cada passo dado é um objetivo alcançado.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

SOB O OLHAR DE PIAGET


A aula presencial dessa semana foi muito esclarecedora, no sentido de definir o referencial teórico com que iremos sustentar nossa prática.
Consegui compreender que as reflexões que venho fazendo precisam ter uma espécie de “diálogo” com o autor escolhido.
A partir de então vou procurar justificar as minhas práticas pedagógicas com as contribuições que Piaget trouxe para a educação.
O autor não aponta respostas sobre o quê e como ensinar, mas permite compreender de que forma a criança aprende, fornecendo um referencial para a identificação das possibilidades e limitações.
Assim, o professor deve ter uma atitude de respeito às condições intelectuais do aluno e um modo de interpretar suas condutas verbais e não verbais para poder trabalhar melhor com elas.
Para explicar como o sujeito constrói conhecimentos, Piaget recorreu à psicologia como campo de pesquisa. Elaborou a teoria psicogenética na qual mostrou que a criança passa por mudanças qualitativas, que ele denominou como Estádios de Desenvolvimento.
Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado desde o nascimento, nem como simples registro de percepções e informações. O conhecimento é conseqüência das ações e das interações do sujeito com o objeto de conhecimento, seja do mundo físico, seja do mundo da cultura, ou seja, é uma construção que vai sendo elaborada desde a infância.

Ao longo dos anos, venho confirmando algumas das afirmações de Piaget: a necessidade de vínculo com aluno, o trabalho em grupo e a construção contínua do conhecimento.