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POSTAGENS

domingo, 30 de agosto de 2009

COMÊNIO



Jan Amos Comênio (1592-1670) é o "pai da Didática"
Professor, pastor e bispo da sua comunidade religiosa, ele teve uma produção literária impressionante, em torno de 150 trabalhos e livros, e ficou conhecido na Europa inteira. Inicialmente como professor de latim, a língua franca da época, ele desenvolveu um novo sistema para ensinar língua estrangeira.
Outra obra importante foi seu livro didático, o "Orbis Sensualium Pictus" (o mundo desenhado), no qual ele juntou gravuras, frases simples, sons e letras para a alfabetização e frases em latim para que os alunos pudessem, com um único livro, aprender a ler, escrever e conhecer o mundo a partir da visualização. Este livro foi utilizado nas escolas por mais de 100 anos.
A grande obra pedagógica, porém, foi a "Didática Magna" (1657), inicialmente escrita como "Didática checa", na qual ele desenvolveu suas idéias sobre o ensino. Já no prefácio,
Comênio revela seu interesse pelo método: "A proa e a popa da nossa Didática será investigar e descobrir o método segundo o qual os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais”.

Quatro pontos importantes das idéias de Comênio:

1.A consideração do aluno
2.O ensino igual para todos
3.O realismo do ensino
4.Bom relacionamento entre professor-aluno

As idéias de Comênio não parecem tão distantes, não é mesmo?

Fonte de pesquisa

Texto 3: DOLL, Johannes; ROSA, Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In: _______ (orgs.). Metodologia de Ensino em Foco: práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 2004, p.26-29.

O MENININHO


Esse texto nos faz pensar que a escola é lugar de criação e de autoria.
E que o mais importante é tentar libertar o aluno das correntes da repetição e do adestramento. Repetir o que faz a professora é uma forma de alienação.
Mas aqui quem precisa se libertar primeiro é o professor. É ele que precisa ser criativo e autor de sua aula.
Nos leva a pensar: que marcas, da nossa prática pedagógica, queremos deixar nos alunos?



“O Menininho”


Helen Buckley

Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava
com a escola bastante grande.
Quando o menininho descobriu que podia ir à sala
caminhando pela porta da rua, ficou feliz. A escola não parecia tão
grande quanto antes.
Uma manhã a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de desenhar.
Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... pegou sua caixa de
lápis de cor e começou a desenhar.
- Esperem, ainda não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus
lápis rosa, laranja e azul.
- Esperem, vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com o caule verde.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para
a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isto... virou
o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha
com o caule verde.
No outro dia, quando o menininho estava ao ar livre, a
professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.
“Que bom!” pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar
com o barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes,
camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar sua
bola de barro.
- Esperem, não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora nós iremos fazer um prato.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos
de todas as formas e tamanhos.
- Esperem, vou mostrar como se faz. Assim... Agora vocês
podem começar.
E o prato era fundo. Um lindo e perfeito prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o
próprio prato e gostava mais do seu, mas ele não podia dizer isso...
amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato
fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a
fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não
fazia mais as coisas por si próprio.
Então, aconteceu que o menininho teve que mudar de escola...
Esta escola era ainda maior que a primeira.
Ele tinha que subir grandes escadas até a sua sala...
Um dia a professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. E esperou que a professora
dissesse o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala.
Quando veio até o menininho falou:
- Você não quer desenhar?
- Sim. O que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça.
-Como eu posso fazer?
- Da maneira que você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo
desenho e usar as mesmas cores, como eu
posso saber qual o desenho de cada um?
- Eu não sei!
E começou a desenhar uma flor vermelha com um caule verde...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

COBRAS EM COMPOTA


Em 2006, o Ministério da Educação concedeu a Índigo o prêmio Literatura para Todos pelo seu livro Cobras em Compota. Todas as escolas públicas do país receberam exemplares da obra.
A autora recorda memórias da infância, convidando cada um ao encontro com a fantasia, a imaginação e a divagação.
Sutileza, leveza e ironia são elementos presentes nos textos e têm a intenção de aguçar o seu olhar para os acontecimentos do cotidiano.

Transcrevo aqui um conto:

O pintinho e o analista

Um dos motivos por que não faço terapia
é por saber que lá pelas tantas o analista
vai perguntar:
“Qual é a sua primeira memória de infância?”
E como estarei pagando os olhos da cara,
vou me sentir na obrigação de dizer a verdade.
Mas como é que se diz: “sou eu correndo
atrás de um pinto”, sem abrir espaço
para as interpretações mais estapafúrdias?
Era um desses pintinhos amarelos de
feira. Naquela época crianças ganhavam
pintos quando iam à feira com suas mães.
Seu nome era José, e quando busco a mais
remota das lembranças, é esse pinto que
encontro. José correndo pela escada de incêndio,
e eu atrás, chamando por ele. José
some e eu volto para casa sem o pinto.
Dito isto, o analista vai tossir e fazer um
barulhinho do tipo:
“A-hã...”
Isto me irritará profundamente e eu começarei
a me explicar melhor, o que apenas
piora a situação.


*Que não é lógico; disparatado; incoerente.

ADOTE UM ESCRITOR

Volto a falar em Adote um Escritor, programa de leitura que iniciou em 2002 que é resultado de uma parceria entre SMED/ POA e a Câmara Rio-Grandense do Livro. Tem por objetivo o contato pessoal desses sujeitos com autores de obras de gêneros literários diversos, bem como amplia e diversifica o processo de letramento da comunidade escolar. As escolas “adotam” um escritor (local ou nacional) e, para recepcioná-lo, desenvolvem, com os alunos, processos de leitura de suas obras e de criação a partir dessas leituras.
Na escola em que trabalho, o coletivo de professores decidiu que, a cada ano, um ciclo seria contemplado com a visita do escritor.

Em novembro de 2007, era a vez de Marô Barbieri , encantando as crianças do 1º Ciclo. Em 2008, Celso Gutfriend foi conversar com os alunos da EJA e em 2009, o IIIº Ciclo foi contemplado com a visita da escritora Índigo.
Quem é a Índigo??
O próximo passo é apresentar a obra de Indigo aos alunos.
Vamos começar por Cobras em Compota??

RECOMEÇO


Se pensarmos que o todo tem 9 partes e já percorremos quase 7, o fim está logo ali.
Recomecemos, então!

Nesse sétimo semestre as disciplinas serão:

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL
LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS
LINGUAGEM E EDUCAÇÃO
SEMINÁRIO INTEGRADOR VII