***********************************

POSTAGENS

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O TRABALHO DOCENTE

O texto “O trabalho docente, a pedagogia e o ensino" de Maurice Tardif, nos traz como proposta uma profunda reflexão à cerca do trabalho do professor com a idéia de que esse trabalho docente explica a pedagogia e a partir daí constitui a “tecnologia” do trabalho dos professores. Fica claro, através de seu pensamento que esse fazer não pode ser comparado a nenhum outro.
O autor nos diz que nesse trabalho docente há muitas implicações, sendo uma delas a questão de que a personalidade do professor impregna a prática pedagógica. Com toda certeza o professor transpõe para o seu fazer aquilo que é como pessoa.
Saliento uma questão que me parece fundamental às práticas docentes. O professor age sobre um grupo mas precisa atingir os indivíduos que o compõe. Usamos nossas experiências e conhecimentos quando estamos à frente do trabalho de sala de aula. Esse fazer é técnico, ético e cognitivo.
Atuo no Laboratório de Aprendizagem da escola em que trabalho, atendendo grupos de alunos que têm muitas dificuldades nas diversas áreas do conhecimento. Esses alunos têm um funcionamento diferente dos demais. Eles precisam de mais tempo e de mais atenção. Primeiro precisa haver uma mínima vinculação afetiva. E isso é quase tão importante quanto as questões de aprendizagem.
O fazer do professor de laboratório ou de qualquer outro espaço da escola deve ser visto muito mais como práxis do que como técnica. Essa prática é modelada no contato com os alunos, quando percebe, improvisa e consegue adaptar.
Não há como discordar das idéias de Tardif. O professor tem seu trabalho construído no seu fazer cotidiano alicerçado em sua visão de mundo, de homem e de sociedade.
Encontro também em Paulo Freire uma contribuição às idéias de Tardif: “"Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutro, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição, decisão, ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo".





SER PROFESSORA E SUAS IMPLICAÇÕES


Desde sempre soube que queria ser professora. Fiz essa escolha muito cedo, ao final do Ensino Fundamental. Cursei os três anos necessários e completei esse percurso inicial, fazendo o estágio curricular obrigatório.
Depois disso o acaso se encarregou de me afastar do exercício do magistério, levando-me a atuar na área da saúde.
Onze anos depois, retorno à sala de aula, tendo sido então nomeada na rede pública de Porto Alegre.
Agora já somo quinze anos de profissão e durante esse período presenciei muitas mudanças nas diretrizes de ensino que passaram pelo Construtivismo, chegando hoje aos Ciclos de Formação.
A escola mudou, mas os professores não mudaram. Atravessaram o tempo fazendo as coisas do mesmo jeito repetido e desanimado.
Durante esses anos bebi na fonte de Paulo Freire que agrega ao nosso fazer pedagógico os saberes necessários, fundamentados na ética pedagógica onde pesquisa, curiosidade, tolerância, alegria, esperança, entre outros, são os alicerces da aprendizagem.
Falar da minha trajetória de ser professora, sem falar em Paulo Freire é como esquecer de citar Lavoisier em minhas atuações enquanto nutricionista antes de viajar nas estradas da educação.
Freire aconselha que os educadores se posicionem criticamente, questionando, orientando e incentivando os educandos a pensar e reivindicar seus direitos, a influir na sociedade. Todavia sugere que ao assumir este compromisso, o educador o faça com ética, amor e alegria por ensinar. É da cabeça das crianças que educamos hoje, que surgirão novas idéias de mudanças no comportamento social brasileiro.
O educador não pode ser um mero reprodutor de velhos pensamentos. Ele deve se inserir, junto a tantos necessitados de inserção, nas modernas reflexões acerca das transformações do indivíduo enquanto fragmento social de um todo. É dentro desse contexto que penso minha função de professora.

MAX WEBER


Para Weber a organização social se forma a partir de relações entre dominadores e dominados. Em seu ponto de vista não há possibilidade de mudança nessas relações, pois essas seriam condições de ser para se inserir na vida social. Ele menciona diversas esferas da sociedade em que considera marcadas pelo uso velado ou acordado dos “senhores” e de seus “súditos” e deixa clara a presença de três tipos puros de dominação legítima: a legal, a tradicional e a carismática.
Weber cita a burocracia como exemplo de um dos modelos de ação dominante tecnicamente mais pura, embora faça a ressalva de que nenhum tipo de dominação é exclusivamente burocrático. Penso que esse seria o modo que mais interfere na educação. Uma hierarquia traçada a partir de uma “cabeça” que se inicia na esfera governamental e chega até o ambiente escolar, passando pelo corpo diretor, docente e finalmente alcançando o aluno. Nessa forma fixa de estrutura educacional, no âmbito somente da escola, há um contrato entre quem manda e quem obedece, embora sejamos todos SERVIDORES. Essa ação ainda se estende à relação professor/aluno, fazendo com que o ensino seja a reprodução de um conhecimento formulado, pronto e engessado. Essa dominação e obediência muitas vezes não permitem que a aprendizagem estimule uma reflexão que poderia desenvolver o pensamento, tornando o individuo menos subserviente possível.

A CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E SOCIEDADE PARA ÉMILE DURKHEIM



A concepção de educação, para Durkheim, pode ser traduzida como uma ação exercida por gerações adultas sobre gerações infantis. Esse pensamento reconhece a educação como uma prática que deve garantir as condições de reprodução do modelo social vigente e deixa claro que é através dos adultos que as crianças terão esse processo garantido. Durkheim une as práticas educacionais à vida social, criando uma concepção em que defende que a grande função da educação seria a de adequar os indivíduos às necessidades sociais.
Dessa forma, cada sociedade, considerada em momento determinado de seu desenvolvimento, possui um sistema de educação que se impõe aos indivíduos de modo geralmente irresistível. Haveria então, em cada era social, um tipo regulador de educação. Pensando assim, vemos que os costumes e as idéias de cada período da história determinaram o tipo de educação necessária à sociedade e esse fato, bem como Durkheim reflete, não é criado individualmente. Aliás, o autor se refere ao passado da humanidade como a maior contribuição dada ao estabelecimento de um conjunto de princípios que governam a educação do homem contemporâneo.
Durkheim utiliza uma forma metafórica para reforçar o conceito de educação, comparando-a aos harmônicos e relativamente homogêneos corpos orgânicos. Para ele a plenitude das funções orgânicas se assemelha ao funcionamento da sociedade, o que teria, portanto, o objetivo de manter a ordem necessária para o equilíbrio das suas estruturas. A escola, nesse contexto, seria um reflexo dessa sociedade.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

APRENDENDO A APRENDER



A aprendizagem, tanto das crianças quanto dos adultos, não ocorre com o que é dado pronto. Só aprendemos realmente resolvendo questões e levantando hipóteses para transformar o que está dado.
Creio que a situação mais importante nesse processo de aprendizagem é a relação que se estabelece entre o professor e o aluno.
Tenho absorvido através dos passeios que fiz pelos pensamentos de Maturana, que há uma transformação espontânea na maneira de viver um processo, que se forma no interior da pessoa, ao mesmo tempo em que se dá no plano da convivência,
Refletir sobre o meu lugar de aluna talvez estabeleça uma aproximação com a posição em que o aluno se encontra. Nessa inversão, percebo que uma relação de aprendizagem contínua pode ser desenvolvida com eles. Isso torna ainda mais compreensíveis as diferenças no ritmo do aprendizado de cada um, o que constitui uma convivência salutar no sentido de ensinar sob a ótica de quem aprende.

PROJETOS DE APRENDIZAGEM III

O grupo está em fase de pesquisas e tem se debruçado sobre o tema principal: a influência da música no comportamento das pessoas.
Muitos assuntos aparecem “atravessados” nessa temática.
Fiz uma parte de um texto que fala sobre a história da música “O bêbado e a equilibrista”, contando maus momentos da época da ditadura.
Há também, um recorte de uma entrevista com Chico Buarque em que ele fala sobre o rap(uma influência bem contemporânea) e sua força como expressão não só musical, como também de uma classe social se manifestando e cobrando mudanças.
Para terminar, vale a pena ouvir Sabotage, um fenômeno do rap nacional!

Acesse o texto na íntegra

domingo, 26 de outubro de 2008

Mészáros & Marx


Karl Marx enxergou a necessidade de uma prática de educação pública e gratuita a todas as crianças como medida para que novos pilares educacionais fossem construídos e implementados. Por visualizar a educação, dentro da sua utopia revolucionária, ele acabou identificando nesse tema uma valiosa arma que, segundo suas teorias, poderia ser usada em prol da emancipação da humanidade. A educação libertaria os seres da exploração e da submissão ao capital, o que fatalmente culminaria na existência de uma sociedade comunista. Ao escrever o Manifesto, ele deixa claro o seu pensamento sobre a educação e como ela deve ser levada em consideração na hora de elaborar estratégias de enfrentamento à opressão da burguesia.
Os ideais marxistas influenciaram e ainda influenciam diversos pensadores. Um deles, mais contemporâneo, chama-se István Mészáros. Suas idéias se assemelham às de Marx em vários aspectos. Ele acredita, por exemplo, que a educação deve ser sempre continuada, permanente em todos os momentos de nossa vida ativa. Defende a existência de práticas educacionais que permitam aos educadores e educandos trabalharem as mudanças necessárias para a construção de uma sociedade na qual o capital não explore mais o tempo de lazer, argumentando, tal qual Marx, que as classes dominantes impõem uma educação para o trabalho alienante com o objetivo de manter o homem dominado. Completa seu pensamento defendendo uma educação libertadora, que teria como função primordial transformar o trabalhador em um agente político, que pensa, age, e usa a palavra como arma para transformar a realidade.

Eis mais uma importante adição aos meus conhecimentos: a fusão de pensamentos que torna comuns algumas idéias de Marx e Mészáros no que se refere à educação. Conhecê-los e estudá-los foi uma experiência bem interessante.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

PROJETOS DE APRENDIZAGEM II


Pouco a pouco o grupo foi listando suas dúvidas e certezas em um quadro comparativo. Logo percebi que tínhamos pouquíssimas certezas.
Presencialmente, destacamos os conceitos que estavam dentro das questões levantadas nesse quadro.
Destacados esses conceitos, foi hora de levá-los a um programa chamado “Cmap Tools”.
Esse software permite a elaboração de mapas conceituais digitais que podem ser modificados quantas vezes for necessário. Além disso, ele permite o compartilhamento e a discussão dos mapas na web.
Vamos iniciar a fase de pesquisas.
A imagem mostra o nosso Mapa Conceitual atual. Ele não é definitivo(espero)!
Sigo contando!

sábado, 27 de setembro de 2008

PAUSA PARA REFLEXÃO


Estive nessa semana, num raro momento de pausa nas atividades escolares, participando das “Conversações Pedagógicas”, evento promovido pela Secretaria Municipal de Educação de POA.
Sem louvores a essa ou aquela administração, “Seminário Internacional” ou “Conversações Internacionais”, é irrelevante a denominação, o importante é que esse canal de interlocução entre universidade e rede pública sempre esteve aberto.
Escolhi assistir a conferência da historiadora Luzia Margareth Rago intitulado O VALOR DE UMA VIDA: CRIAÇÕES LIBERTÁRIAS E PRÁTICAS PARRESIASTAS.
A palestrante traz as idéias de Foucault para discutir os códigos morais universais e o papel transformador da mulher a partir do movimento feminista de 1968. Tantos outros movimentos nessa mesma época, como o movimento negro, a greve geral da França, a efervescência cultural e política, fizeram com que o mundo mudasse e valores e costumes fossem transformados. Porém o machismo, o conservadorismo e a direita também cresceram.
Foucault, preocupado com esse código moral, lembra que na Grécia a estética era cultuada como forma de vida, chamada de a estética da existência ou a arte do viver. Havia um “cuidar de si” que tornava o indivíduo belo, equilibrado, controlado, temperante e livre das paixões. Esse seria um sujeito apto para governar pois, não que não tivesse paixões, mas não se escravizava por elas.
Esse “cuidar de si” dos gregos, tornou-se inviável nos dias de hoje porque não é possível estabelecer uma relação positiva com o corpo, por exemplo, quando a sociedade, em âmbito mídiático e modal impõe seus padrões de beleza.
Não podemos ficar em paz com nossas celulites.
Por fim a palestrante fala em “parrésia”, palavra que se opõe à retórica. Segundo a historiadora, o vocábulo tem o seguinte conceito: falar franca, pública ou privadamente, quando se está em posição de inferioridade ou em situação de risco. Um exemplo seria criticar o próprio chefe utilizando-se de argumentos parresiastas, mesmo pondo o próprio emprego em risco.
Enfatizo o destaque dado ao valor de estabelecermos em nossas relações as práticas parresiastas para que possamos viver com valores pautados pela ética.

MOMENTO DE AVALIAÇÃO


É momento de avaliação na minha Escola. Faz parte da rotina trimestral o Conselho de Classe Participativo onde pais, alunos e o coletivo de professores falam sobre as questões da aprendizagem da turma. É aí que efetivamente a família é chamada ao ambiente escolar, sendo convidada a dizer o que pensa.
Após esse primeiro momento o período de aulas é reduzido para que os professores façam a escrita de seus pareceres.
É a hora de pensar nas deficiências da aprendizagem de cada aluno e detectar onde o professor não conseguiu atingir suas metas. Esse é o principal objetivo da avaliação.
É importante fazer uma análise do aprendizado sem utilizar recursos de caráter punitivo. Não se pode avaliar um aluno pelo seu comportamento.
O foco é a aprendizagem!
Temos que avaliar sempre, todos os 200 dias letivos.
Avaliações são imprescindíveis, pois são elas que apontam os caminhos a seguir!

sábado, 6 de setembro de 2008

QUASE PRIMAVERA!



















Os ipês da cidade já estão floridos.
Um anúncio de que mais um agosto se foi, precedendo a primavera, estação que trará dias e noites com a mesma duração e ruas e parques com muitas flores e cores.
A beleza dessa imagem é um presente à você que passa sempre, ou eventualmente, por aqui.
E se não for desse pago, um aviso: esse é o Parque Farroupilha, um dos lugares mais bonitos de Porto Alegre.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

PROJETOS DE APRENDIZAGEM I



Para a disciplina de Seminário Integrador, começamos por fazer uma imersão em nós mesmos, identificando nossas próprias curiosidades.
A proposta era deixar emergir a curiosidade que podemos ter.
Levamos para a aula presencial nossas indagações mais profundas.
Socializamos, comparamos e aproximamos as perguntas de forma a nos agrupar por interesse.
A partir daí, tentamos listar algumas certezas e dúvidas que giraram em torno da grande questão escolhida pelo grupo:
“Por que a música influencia o comportamento das pessoas deixando-as felizes quando dançam?”
A esse movimento coletivo de construção de saberes, originados a partir de nossas certezas e dúvidas, chamamos de Projeto de Aprendizagem.
Aprende-se de verdade quando se vive uma situação e quando a busca do conhecimento nasce do desejo de saber.
É isso que estamos fazendo no curso de Pedagogia à Distância: sendo conduzidos pelos caminhos incertos da aprendizagem.
Sigo contando as etapas desse caminho!

domingo, 17 de agosto de 2008

O TEMPO


























“Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...”

Caetano Veloso


A primeira atividade desse semestre, na disciplina Seminário Integrador V, foi preencher uma tabela sobre o tempo. Nela, era preciso informar como utilizamos o tempo para cumprir atividades diárias básicas como dormir, trabalhar, estudar, etc...
Depois de concluir a tarefa, pude constatar que ainda não estou conseguindo cumprir a exigência de 20h semanais de estudos que um curso à distância requer. É interessante me dar conta disso para que eu possa reformular meus horários e hábitos. A necessidade de manter uma rotina de estudos, dentre tantas outras atividades diárias, é imprescindível a qualquer pessoa que se proponha a estudar. Mas tendo a me acomodar e engessar meu cotidiano, porque faço há tanto tempo as mesmas coisas todos os dias, que acabo por não contabilizar alguns horários e não eleger prioridades.
Coloquei no wiki minha rotina atual, mas, diante de minhas constatações, irei elaborar um outro ritmo de estudos que, pretendo, seja mais freqüente.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

CURIOSIDADE



Antes de haver escolas, os adultos ensinavam de forma competente as crianças. Mais tarde era também papel da família instruir sobre aquilo que era verdadeiramente importante: as coisas da vida. Os conhecimentos eram passados de forma oral.
Hoje é a escola que, de certa forma, desempenha essa função de transmissão de conhecimento. Percebe-se porém que não há uma preocupação em ouvir o que a criança tem para perguntar. Suas dúvidas emudeceram. Os professores não se dão conta de que as perguntas que elas fazem são tão sérias quanto as suas brincadeiras.
A escola desconsidera o mundo infantil quando não ouve os questionamentos dos alunos,
ou ainda, quando ouve a pergunta, mas já traz a resposta pronta.
O importante para que haja aprendizagem é justamente a desconstrução e a conseqüente substituição dos conceitos existentes.
Educar é estimular curiosidades, é provocar dúvidas, é fazer com que os alunos elaborem perguntas e reflitam sobre as respostas. É essa reflexão que desafia a inteligência.
É fácil entender porque a escola se tornou tão chata. Ela ficou desinteressante porque “calou” a curiosidade da criança. E é justamente esse encantamento, pelo que é simples e natural na vida, que motiva a aprendizagem.
O passo inicial é perceber a falta desses fatores tão essenciais, para posteriormente efetivarmos uma real mudança de atitude em sala de aula.

sábado, 7 de junho de 2008

NECESSÁRIOS

Estou inserindo a categoria “NECESSÁRIOS” na lista de links para reunir alguns jogos de matemática e compartilhar com os visitantes do blog.
Pautei essa atividade como necessária por fazer parte do meu Plano de Estudos.
Estarei nas próximas semanas (12,19,26/06 e 03/07) utilizando esses sites para trabalhar a matemática com os alunos no Laboratório de Informática da Escola.
Toda a atividade que incorpora a ludicidade pode se tornar um recurso facilitador do processo de ensino e aprendizagem. Por meio da multimídia é possível trabalhar qualquer conteúdo de forma agradável e estimulante. As atividades dos jogos digitais se constituem em ferramentas que se bem utilizadas ensinam enquanto divertem.
Através da informática na educação, o computador pode auxiliar e fazer com que o aluno se envolva no processo de aquisição do conhecimento. As tecnologias digitais, como instrumento mediador do processo de ensino e aprendizagem, tornam-se relevante, pois os alunos se envolvem com atividades de jogos computacionais encontrando significado para sua aprendizagem. Os jogos digitais ou atividades educativas digitais baseiam-se no interesse que os alunos têm em brincar e jogar.

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE




Pela passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente, organizamos algumas ações e alguns pensamentos isolados, mas importantes, para a preservação do planeta.
Utilizamos para subsidiar nossa discussão, o encarte do jornal Correio do Povo do dia 05/06/08.
Os alunos foram extremamente criativos nessa produção.
Sugiro que leiam com muita atenção os trabalhos das alunas Lílian e Ana Luísa.

LUZ E SOMBRA

Realizei a atividade adaptada do artigo:
AS ATIVIDADES DE CONHECIMENTO FÍSICO: UM EXEMPLO RELATIVO À SOMBRA. de Maria Elisa Rezende Gonçalves e Anna Maria Pessoa de Carvalho. Faculdade de Educação/USP.
Levei para o pátio da Escola 10 alunos de B20(4ª série) para que pudéssemos encontrar sombras iguais com recortes diferentes e formar figuras diferentes das apresentadas. Surgiram figuras como “chapéu, guarda-chuva,gato,estrela”,etc.
Depois das “experimentações” todos concordaram que “é necessário haver luz para que haja sombra”;se sombra é o mesmo que escuro, foi uma questão que dividiu o grupo e provocou muitas discordâncias.
Os alunos colocaram que o claro e o escuro modificam nossas atividades, porque “à noite, no escuro, dormimos e de dia, é que é o momento de estudar, brincar, de fazer as coisas”.
Salientaram o eclipse como fenômeno da natureza que ocorre no claro e no escuro; colocaram que “a sombra das árvores não é igual durante o dia porque o sol se movimenta”.
Os alunos, com muita dificuldade, conseguiram construir o seguinte conceito a respeito de sombra:
“Sombra é um reflexo das imagens;qualquer objeto que ficar contra a luz, cria sombra;a luz é que faz criar a sombra.”

quinta-feira, 1 de maio de 2008

LINHA DA VIDA




A proposta da atividade da disciplina de Estudos Sociais era de construir uma Linha de Tempo com os alunos.
Trabalho com uma turma de 3º ano do 2º ciclo e levei para a sala de aula, uma folha de ofício cortada ao meio no sentido longitudinal, já devidamente colada. A idéia é que a tira de papel fosse comprida para que pudessem desenvolver sua linha de tempo. Depois achei que o espaço seria ainda pequeno e resolvi levar um pedaço de papel pardo já cortado, para que colassem a tira de ofício no papel pardo. E foi nesse espaço que os alunos primeiramente traçaram a reta que seria dividida nos seus números de anos. Aí encontraram a primeira dificuldade:dividir a reta de forma que utilizassem todo o espaço disponível. Ajudei quase que individualmente os alunos no traçado dessa reta. Depois colocaram a idade na parte superior da reta e os respectivos anos na parte inferior da reta. Combinamos também que a parte escrita ficaria na parte de baixo e que fotos, desenhos e outras colagens seriam feitas na parte de cima da reta.
Difícil para os alunos situar o nascimento no ano zero da reta. Muitos colocavam o ano 1 onde era o nascimento. Difícil também foi lembrar de fatos significativos.
Fiquei o tempo todo chamando a atenção deles para que pensassem em fatos, em roupas, em músicas, em cheiros, em pessoas, em lugares e em objetos que tivessem marcado suas vidas de alguma forma. Havia combinado no dia anterior que levassem fotos deles com a família, registros de nascimento e até objetos que tivessem alguma relação com o passado.
Ainda assim alguns não conseguiram escrever sobre os fatos marcantes. Essa atividade foi desenvolvida durante quase toda a manhã e poucos não conseguiram concluí-la.
Construí a minha linha de tempo junto com os alunos.Também levei algumas fotos para enriquecer o trabalho.

BALANCE



O vídeo mostra a relação entre os habitantes de um universo em constante equilíbrio gerado pelos movimentos coletivos e de companheirismo desses seres que vivem em uma placa suspensa no espaço.
Num dado momento, movidos pela curiosidade, interesse e egoísmo, os habitantes disputam uma caixa que um deles encontrou e que produz um efeito sonoro bastante atrativo. No início, até esses maus sentimentos aflorarem, eles agem ainda em parceria, sustentando uns aos outros de forma a fazer um contrapeso em um dos cantos da placa, contrário ao local em que está a caixa. Eles sabem que é preciso haver equilíbrio entre eles para que cada um possa ter a sua vez de escutar os sons produzidos pela misteriosa caixa. Aos poucos, deixam que o desejo de posse pelo objeto, provoque desunião entre eles e um a um vai sendo eliminado do grupo. Até que o último fica sozinho com a caixa e percebe que não consegue manipulá-la, visto que é necessário um contrapeso que mantenha o equilíbrio da placa e possibilite que ele permaneça junto ao objeto.
Quando somos movidos por interesses individuais, nossas ações alteram o ciclo de vida do meio ambiente. Essas ações, semelhantes ao funcionamento do corpo humano, estão todas encadeadas. O universo funciona em harmonia, embora os seres humanos insistam em destruir esse equilíbrio natural.
Precisamos utilizar os recursos que o planeta oferece de forma equilibrada.
Vivemos num planeta onde as relações ecológicas formam uma cadeia. O rompimento de um elo dessa cadeia pode gerar conseqüências desastrosas. Os desequilíbrios ambientais gerados pelas ações dos homens têm destruído boa parte dos recursos naturais necessários à sua própria existência.

O ANIVERSÁRIO


Fiz um pudim de leite condensado com muito capricho e levei para dividir com os meus alunos no último dia 28. Queria apenas receber um “parabéns”, afinal 45 anos é uma idade especial. Acabei ganhando uma caricatura do Jonathan no verso do trabalho de escrita que ele entregou.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

REPENSANDO O ENSINO DE CIÊNCIAS






A disciplina REPRESENTAÇÃO DO MUNDO PELAS CIÊNCIAS NATURAIS enfoca, no primeiro módulo, estudos sobre as concepções de natureza e sociedade que construímos ao longo de nossa vida e que se tornam bases nas quais fundamentamos nossas ações.
Pensando nessas questões aplicamos uma atividade onde os alunos deveriam representar determinadas palavras.
A atividade foi interessante porque ela mostrou como construímos determinados conceitos ou como a mídia e a sociedade nos impõem esses conceitos.
Essa atividade pode auxiliar na introdução de algum tema científico porque traz , muitas vezes, diversas interpretações sobre uma mesma idéia.
Depois de realizar os desenhos com os alunos, fiquei com algumas interrogações. Uma delas diz respeito ao produto “Nescau”. Quando foi que ele se transformou em símbolo de energia ?
Outra interrogação também sobre a palavra energia: a energia mais lembrada foi energia elétrica. Porque é mais fácil de desenhar? Ou porque é a única que conhecem?
Haverá tempo para esses esclarecimentos e algumas intervenções!

sábado, 29 de março de 2008

ANÁLISE DO PORTFÓLIO

Escolhi três experiências importantes para compor meu portfólio final.
A primeira diz respeito a uma profunda aprendizagem na área do teatro. A disciplina e as leituras dessa área fizeram com que as atividades de expressão corporal e os jogos teatrais deixassem de ser “eventos” na escola. Passaram a fazer parte das rotinas de sala de aula, sendo dessa forma bom indicativo sobre minhas mudanças pessoais.
A segunda experiência traz um relato sobre minhas aprendizagens na área tecnológica. Nesse sentido há indícios concretos e fundamentados, como a utilização do blog e do wiki; as pesquisas realizadas individualmente e com os alunos, são alguns exemplos.
A terceira experiência diz respeito ao estudo interdisciplinar, realizado pelos alunos a partir de uma ilustração de um pintor famoso. Nesse sentido descrevo detalhadamente os passos que foram seguidos pelo grupo.
Durante as apresentações percebi que há muita semelhança entre as aprendizagens dos colegas, principalmente no que diz respeito aos progressos individuais na área tecnológica.
Na minha apresentação,por um erro de gravação, não pude mostrar o material que havia levado. Pude perceber então, que não havia necessidade da apresentação de material porque consegui, através das palavras, explicar a vivência escolhida (Teatro).
Tenho certeza que o curso de Pedagogia à distância provoca mudanças em todos os alunos. Se ainda não provocou mudança efetiva na prática de cada um, isso é uma questão de tempo! Aliás, as verdadeiras mudanças acontecem de dentro para fora e para isso cada um tem o seu tempo!

LINHA DE TEMPO

O primeiro passo foi fazer a leitura recomendada: INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL: UMA HISTÓRIA VIVIDA, ALGUMAS LIÇÕES APRENDIDAS de Maria Candida Moraes.
Depois, foi necessário desenvolver uma linha de tempo, na qual foram colocados os principais itens do texto relacionando com os principais fatos de minha vida pessoal.
Realizar esse trabalho foi bastante interessante, pois foi possível conhecer os fatos que circundam a história da informática educativa no Brasil.
Uma reflexão interessante sobre a atividade, foi perceber que, embora recente, a trajetória da informática educativa evoluiu de forma muito rápida.
Outra questão a considerar é a de que é necessária vontade política combinada ao poder de decisão, para que os projetos efetivamente saiam do papel.
A última etapa do trabalho foi visitar três linhas de tempo nos blogs dos colegas e publicar um comentário sobre essas construções.
Percebi que cada um dos colegas, pensou essa construção de um modo diferente: um deu mais ênfase a sua vida do que aos fatos da informática educativa: outra colocou os fatos de sua vida “escondidos” atrás dos fatos da história da informática educativa e por fim uma que conseguiu dosar entre história de vida e história da informática.
Uma questão que considerei importante nas três visitas foram as imagens. Fica bem mais interessante quando podemos ler um texto relacionando-o com uma imagem publicada.
E por fim, gostaria de ressaltar a importância desse tipo de trabalho. Possibilita que as pessoas se aproximem, mostrando os fatos marcantes de sua vida através da Linha de Tempo!
Visualize minha linha do tempo clicando aqui

quinta-feira, 27 de março de 2008



A BOCA
Vou aproveitar a provocação de Marisa Eizerick para trazer à cena as obras de uma famosa e talentosa artista gaúcha que faz suas figuras humanas sem boca. Leia o que, o não menos talentoso, Moacyr Scliar diz:
“As figuras obrigam à interrogação, ao questionamento. E o detalhe ubíquo e inquietador: a boca obliterada, dissipada como que por encanto. É então uma dupla mudez: o silêncio desta arte, feita em silêncio; e a mudez imposta por Clara Pechansky às suas figuras.”

Novas pinturas e desenhos compõem a exposição “Cenários Revisitados”, que Clara Pechansky inaugura dia 25 de março, às 20 horas, na Galeria CasaArte, à rua Cel.Bordini, 920.

A mostra vem apresentada por Luis Fernando Veríssimo:
“São sempre figuras humanas em primeiro plano, mas o fundo nunca é apenas o fundo. As figuras se integram ao segundo plano mesmo quando o contraste do seu volume e da sua cor com o fundo é nítido: estamos sempre integrados ao que, em nossa volta, é evocativo, seja num cenário que lembra a infância, ou um detalhe que representa um mundo...”
“Desta vez as tradicionais figuras mudas da Clara são ouvidas. Muitas tocam instrumentos. E o que emana das cores, dos contrastes e do contraponto de planos destes quadros é uma vibração decididamente musical”.


A Lenda de Eco
Os quase 4.000 professores da rede municipal de ensino de Porto Alegre, participaram nessa quinta-feira, dia 27 de março de 2008, de um encontro promovido pela Secretaria Municipal de Educação com o objetivo de aprofundar e qualificar a prática cotidiana nas escolas.
Logo após a abertura, Marisa Faermann Eizirik, falou sobre o tema "Escola mundo: da repetição à invenção".
A educadora nos faz um convite simples e muito antigo: “Vamos ouvir o que o outro tem a nos dizer?”
E nesse sentido ela nos remete à Lenda de Eco, fazendo-nos pensar no quanto repetimos , pouco ouvimos nada dizemos! Reza a lenda que ...
“Eco era uma bela ninfa, amante dos bosques e dos montes, onde se dedicava a distrações campestres. Era favorita de Diana e acompanhava-a em suas caçadas. Tinha um defeito porém: falava demais e, em qualquer conversa ou discussão, queria sempre dizer a última palavra. Certo dia, Hera saiu à procura do marido, de quem desconfiava, com razão, que estivesse se divertindo entre as ninfas. Eco, com sua conversa, conseguiu entreter a deusa, até as ninfas fugirem. Percebendo isto, Hera condenou-a com estas palavras:·
- Só conservarás o uso dessa língua com que me iludiste para uma·coisa de que gostas tanto: responder. Continuarás a dizer a última palavra, mas não poderás falar em primeiro lugar.
A ninfa viu Narciso, um belo jovem, que perseguia a caça na montanha. Apaixonou-se por ele e seguiu-lhe o passo. Desejava dirigir-lhe a palavra, dizer-lhe frases gentis e conquistar-lhe o afeto! Isso, porém, estava fora de seu poder. Esperou, com impaciência, que ele falasse primeiro, a fim de que pudesse responder.
Certo dia, o jovem, tendo se separado dos companheiros, gritou bem alto:
- Há alguém aqui?
- Aqui - respondeu Eco.
Narciso olhou em torno e, não vendo ninguém, gritou:
- Vem!
- Vem! - respondeu Eco.
- Por que foges de mim? - perguntou Narciso
Eco respondeu com a mesma pergunta.
- Vamos nos juntar - disse o jovem.
A donzela repetiu, com todo o ardor, as mesmas palavras e correu
para junto de Narciso, pronta a se lançar em seus braços.
- Afasta-te! - exclamou o jovem, recuando. - Prefiro morrer a te
deixar possuir-me.
- Possuir-me - disse Eco.
Mas foi tudo em vão. Narciso fugiu e ela foi esconder sua vergonha no recesso dos bosques. Daquele dia em diante, passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. De pesar, seu corpo definhou, até que as carnes desapareceram inteiramente. Os ossos transformaram-se em rochedos e nada mais dela restou além da voz. E, assim, ela ainda continua disposta a responder a quem quer que a chame e conserva o velho hábito de dizer a última palavra. ”
Assim, confesso que me senti provocada a pensar: será que a Escola vive a “síndrome de Eco”?
O que fica então? A dúvida e a reflexão.
E um singelo convite:
Estamos precisando reinventar nosso cotidiano, tornando-o menos cinza, mais alegre e desta forma, vendo nele, motivos para muitos aplausos!