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POSTAGENS

domingo, 25 de abril de 2010

O ESPAÇO



Durante essas duas semanas que passaram, propus, na turma em que estou fazendo estágio, atividades que os alunos pudessem pensar sobre o seu espaço cotidiano, a rua, o bairro, a escola.

A primeira atividade era de representação do espaço de sala de aula. Nessa os alunos mostraram muita dificuldade para desenhar e ocupar o espaço no papel de acordo com a realidade.

Depois representamos a escola. Fomos para o pátio com as pranchetas na mão e também houve alguma dificuldade, até porque a escola é grande e tem muitos prédios e espaços diferenciados.

Por fim, representamos o caminho da casa até a escola. Para essa representação construímos uma legenda com cores. Aqui a dificuldade foi dos alunos que moram longe ou pegam ônibus para chegar. De qualquer forma, todos conseguiram realizar a atividade.

Essas atividades têm como objetivo explorar a paisagem local e o espaço vivido pelo aluno como modo de ampliar a percepção espacial do mesmo, a partir de experiências concretas e de sua livre expressão.




domingo, 18 de abril de 2010

PRIMEIRAS IMPRESSÕES


Essa primeira semana do estágio do curso foi bem difícil. Na verdade posso dizer que foi quase interminável.
Minha turma é composta por alunos com dificuldades diversas, por isso eles estão em número reduzido em comparação à quantidade normal de crianças em outras turmas.
Tenho tido muito desânimo em realizar as aulas
do estágio pela manhã. Confesso que é muito por estar contrariada com o fato de não poder realizar o estágio com a turma que já estava trabalhando desde o início do ano. Essa mudança não só me fez pôr um trabalho que estava em andamento nas mãos de outra pessoa, como me levou a estar com uma turma desconhecida e com complicações cognitivas que desafiam meu planejamento de estágio.
Além dessa circunstância, como em todas as histórias, há um embaraço de ambos os lados: o dos alunos que não queriam trocar de professora e o meu que não queria sair da turma.
No entanto, preciso me acostumar com a idéia e fazer a “coisa acontecer”.

HOLOCAUSTO NUNCA MAIS

Se os homens não fossem indiferentes uns aos outros, Auschwitz não teria sido possível, os homens não o teriam tolerado. Os homens, sem exceção, sentem-se hoje pouco amados porque todos amam demasiado pouco. A incapacidade de identificação foi, sem dúvida, a condição psicológica mais importante para que pudesse suceder algo como Auschwitz entre homens de certa forma educados e inofensivos.

Theodor Adorno

No período de 1939 a 1945 o mundo viveu uma das mais intensas e sangrentas batalhas de consequencias globais: a Segunda Guerra Mundial.


Diferente de outras ocorrências bélicas, não foi apenas um combate provocado pela iniciativa de impor uma nova ordem social. A Segunda Guerra teve de um lado um líder supremo, intolerante e apoiado por um grupo que promovia uma outra estrutura social, onde os indivíduos eram classificados e posteriormente selecionados para serem aceitos ou não como cidadãos.

Baseado nessa premissa desenvolveu-se um processo de extermínio em massa, com uma inicial cumplicidade de diversos países. O Holocausto massacrou milhões de judeus, ciganos, negros, e outras categorias homogeneizadas que, por não serem da raça ariana, considerada a espécie pura e verdadeiramente humana dos seres, estavam fadadas ao sofrimento e à morte.

Mais de sessenta anos depois, o que fica não é só a lembrança de um bárbaro acontecimento histórico, mas o medo de que teorias eugenistas criem forças através da rejeição ou negação do Holocausto. Essa é uma ferida mal cicatrizada, que aterroriza com a possibilidade de que atos de barbárie possam surgir a qualquer momento em manifestações de intolerância religiosa, étnica e cultural.

Participei no último sábado, 17, da I Jornada Interdisciplinar de Porto Alegre sobre o Ensino do Holocausto. O encontro teve como principal objetivo disponibilizar ferramentas que permitam a nós educadores aprofundarmos o nosso trabalho em sala de aula. Uma maneira de nos embasar com informações, dados históricos e referências a documentos e argumentos que nos apoiarão na tarefa de oportunizar ao aluno o entendimento desse acontecimento tão relevante para o mundo.